Record criou patrulha para falar bem do Pan na internet

Posted on quinta-feira, 27 de outubro de 2011 - 0 comentários -

O QUE VOCÊ ACHA DESSA PRÁTICA?

FONTE: Coluna F5


RICARDO FELTRIN
EDITOR E COLUNISTA DO F5
MARINA GURGEL
DE SÃO PAULO
Durante quase duas semanas, a Record tentou montar uma patrulha de estagiários em jornalismo para agir e postar, nas redes sociais, comentários elogiosos à cobertura da emissora nos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara. O objetivo da tropa era contra-atacar as críticas que há desde o início da transmissão, a respeito do tom "ufanista" de gente como Maurício Torres e Fernando Scherer, entre outras coisas. Bom, mas, até aí, morreu o Neves*. O problema é bem outro, mas eu continuo nas notinhas abaixo para que os leitores queridos possam espreguiçar ou se ajeitar...
*nossas condolências à viúva, a senhora Neves
O problema começou após as primeiras aulas dos estagiários. A princípio elas discorriam sobre como responder a ataques, críticas, que tipo de tom e argumentos utilizar nas redes sociais, nos blogs (e, claro, sem dar bandeira de que é uma ação orquestrada). Também havia informações sobre os principais colunistas, blogueiros e sites a serem seguidos, curtidos, monitorados, respondidos etc e tal.Tropa de elite virtual
O milagre da multiplicação de posts
Até aí pode-se dizer que havia até empolgação entre a nova equipe. Ora, o que tem de errado em defender empresa que eu trabalho, se ela me paga justamente para isso?, certamente pensaram. Então veio a "aula magna" de despedida, na qual todos foram informados que deveriam imediatamente a criar perfis falsos no Facebook, Twitter, Orkut, além de e-mails falsos. O alerta da indignação soou imediatamente junto aos futuros jornalistas. Tipo:
Peralá, minha gente, perfil falso também?
Provas documentais
F5 obteve com exclusividade cópias de e-mails e diálogos entre os estagiários, seus parentes e funcionários da emissora, nos dias seguintes à ordem de criação de perfis falsos. O conteúdo demonstra revolta e assombro diante da tática escolhida. Veja trechos das mensagens (só os publicáveis).
A gente não passou anos estudando para ser brinquediinho (sic).
Em outra mensagem, adiante, o projeto é abortado. Surge uma possível explicação:
Disseram que vazou p (ara) (uma jornalista) um mail da chefia com as ordens. Então o pessoal abortou a operação (anteontem) à noite...
Mas, e por que mais abortou-se a operação?
Em primeiro lugar, como o trecho da mensagem acima diz, porque achava-se que a operação havia vazado (como vazou, caso contrário você não estaria lendo isso aqui. Achou-se melhor não levar adiante. Em segundo lugar porque, ainda ontem, a emissora recebera ótimos dados sobre o Pan:seu ibope disparou no país e na Grande São Paulo após o início dos jogos
Ou seja, não havia mais necessidade de "patrulha" alguma.
A 'patrolagem'
A tática de criar patrulhas e leitores falsos não é inédita e tampouco exclusividade da Record. Essa estratégia já é usada hoje por empresas, marcas, produtos específicos e até pelo governo federal, de forma descarada e, obviamente, com fins políticos
Contras...
De contra, trata-se de estratégia subreptícia que simplesmente distorce o resultado de uma opinião pública dita real. Isso porque uma só pessoa, que é muito bem paga para isso, por partidos ou empresas, se passa por dezenas ou mesmo centenas de cidadãos ou consumidores ou eleitores ou o que seja. Isso causa impressão de que existe uma situação naturalmente favorável, ou em defesa da marca/partido, mas na verdade, ela não existe. É manipulada. Inventada, "fake".
Prós?
Hoje, no entanto, sabe-se que às vezes marcas/empresas/partidos também podem sofrer ataques de rivais ou inimigos ou concorrrentes justamente com essa tática da "patrulha fake".
Ou não...
Nessa guerra de perfis fakes, pagos, "trollagem" etc simplesmente não há inocentes.
Outro lado
A Record informa que mantém junto ao seu Departamento de Internet um grupo de trabalho responsável por fortalecer e divulgar a marca da emissora e de seus produtos nas mídias sociais - prática legítima e comum executada por grandes corporações em todo mundo. A Record, obviamente, não endossa ações anti-éticas e vai apurar internamente se houve algum tipo de desvio de conduta.

9% dos jornais já demitiram por causa das redes sociais

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FONTE: Adnews



Os jornalistas precisam tomar cuidado para que as opiniões soltas nas redes sociais não atinjam a imagem das empresas para qual trabalham. Pelo menos 9% dos veículos brasileiros já demitiram funcionários por essa razão, segundo estudo da ANJ (Associação Nacional de Jornais).

O levantamento foi apresentado em evento realizado pela entidade em parceria com a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Foram consultados 80 jornais do Brasil, dos quais 68% incentivam o uso de sites como Twitter e Facebook, conforme divulgado pela Folha de S.Paulo.

Um dado mostra que 77,5% dessas empresas possuem políticas para tentar delimitar como seus colaboradores deveriam se portar na rede, mas apenas 22,5% especificam isso por escrito. O modelo informal é adotado por 55% das Redações.

Leitor na pauta

O "Seminário Comunicação Digital" contou com nomes de peso do jornalismo, que debateram sobre a ética nas mídias sociais. A conclusão a que se chegou é que as redes sociais são uma extensão do veículo tradicional e, portanto, estão sob os mesmos preceitos da profissão.

Além disso, na opinião de Eugênio Bucci, que dirige o curso de pós-graduação em Jornalismo da ESPM, as empresas que atuam na internet deveria adotar um modelo de negócio que desse a elas mais credibilidade.

Para ele, isso seria conseguido por meio de cobrança de assinaturas ou de alguma maneira que onerasse o receptor da notícia, assim os sites deixariam de depender tanto da verba publicitária.

Bucci foi seguido por Pedro Dória, editor-executivo do jornal O Globo, que lembrou que o The New York Timestem se dado bem ao cobrar assinatura dos leitores digitais.
 
Com informações da ANJ.

Link especial para discussão

Posted on domingo, 1 de maio de 2011 - 0 comentários -

Ajude um repórter.
Fonte: Comunique-se

O jornalista Alec Duarte, editor-assistente de política da Folha de S.Paulo, e a repórter Carol Rocha, do Agora SP, foram demitidos do Grupo Folha por postarem comentários no Twitter a respeito do jornal. Os dois comentavam a morte de José Alencar, ex-vice-presidente da República, que morreu no dia 29/3.

"Nunca um obituário esteve tão pronto. É só apertar o botão”, comentou o editor-assistente da Folha, sem citar nomes.

"Mas na Folha.com nada ainda... esqueceram de apertar o botão. rs", respondeu a repórter do Agora.

Alec então lembrou do erro do jornal, que noticiou erroneamente a morte do senador Romeu Tuma, em outubro de 2010. "Ah sim, a melhor orientação ever. O último a dar qualquer morte. É o preço por um erro gravíssimo."

Apesar dos comentários, os perfis dos jornalistas não informavam que eram empregados do Grupo Folha. O Comunique-se tentou contato com Alec, mas ele não foi localizado.

“É nosso perfil pessoal e foi um comentário normal, não teve repercussão, retuítes, mas fomos demitidos mesmo assim”, disse Carol, que questiona uma retaliação pelo comentário de algo que não é segredo: a antecipação de obituários nas redações.

A jornalista também enviou um e-mail para a ombudsman do jornal, Suzana Singer: “Você não acha hipocrisia o jornal negar - ou censurar comentário sobre o tema - que depois da notícia errada sobre a morte do Tuma, os cuidados foram redobrados? Nada mais natural. Mais hipocrisia ainda é um jornal que zela tanto pela liberdade de expressão, que diz não admitir qualquer tipo de censura, praticar a mesma censura contra seus funcionários. Me lembro que o manual de redação diz alguma coisa como "somos abertos a críticas". Sério? Não conheço ninguém que tenha criticado a Folha e não tenha sofrido represália”, escreveu. A repórter também fala do episódio em seu blog.

A ombudsman negou que tenha participação na demissão dos jornalistas e afirmou que o caso foi decidido pela chefia do grupo. Suzana também alegou que não se trata de censura. “Não acho que isso seja censura. A Folha tem meios de fazer e receber críticas (painel do leitor, ombudsman, o blog da crítica interna, a seção erramos). Imagina se todo jornalista resolvesse colocar na rede os erros de colegas e desafetos”, respondeu.

A coluna da ombudsman deste último domingo (3/4) também citou o caso.
 

Concurso de jornalismo digital

Posted on domingo, 3 de abril de 2011 - 0 comentários -

Abertas as inscrições para o edital do programa Rumos Jornalismo Cultural, edição 2011-2013, do Itaú Cultural

A quarta edição do programa reitera a importância de identificar um caminho possível para a melhor compreensão do papel da academia, da mídia e das instituições culturais na construção do que se convenciou chamar deeditoria de cultura no jornalismo. A realização do programa também se justifica pela relevância que universidades, professores, estudantes, veículos de comunicação e jornalistas têm como atores essenciais na construção do diálogo entre sociedade e agentes culturais diversos - artistas, curadores, pesquisadores, gestores, produtores, técnicos etc

O edital é dividido em duas carteiras distintas: Carteira Estudante e Carteira Professor

- Carteira Estudante: o candidato deverá estar matriculado no curso de Comunicação Social e/ou Jornalismo e estar cumpindo entre 30% e 60% dos créditos curriculares (equivalentes ao terceiro e ao quinto semestres]. As inscrições dos estudantes se dão com reportagem para editoria de cultura de acordo com orientações detalhadas no edital, disponíveis no site www.itaucultural.org.br/rumos. O estudante pode optar em enviar trabalhos em quatro categorias: reportagem impressa; reportagem radiofônica; reportagem audiovisual; web-reportagem.

- Carteira Professor: as inscrições desta carteira se dão por meio de ensaios que tratem das possíveis relações entre os cursos de jornalismo e as empresas jornalísticas, com destaque na formação dos futuros jornalistas. O professor de graduação e/ou pós-graduação deverá ter pelo menos dois anos de experiência como professor de jornalismo e/ou Comunicação Social. Não é necessário o professor atuar na cadeira de Jornalismo Cultural.

Prêmios: apoio financeiro mensal, bolsa, direitos autorais dos trabalhos selecionados, atividades de formação diferenciadas para os estudantes e professores, participação em Laboratórios e Fórum Virtuais,  títulos de DVDs, CDs e livros. Veja detalhamento dos prêmios e valores no site do instituto Itaú Cultural.

Prazo de inscrição: até 15 de julho de 201.
Dúvidas
: 
rumosjornalismo@itaucultura.org.br

Acesse o site www.itaucultural.org.br/rumos e confira todas as caracteríscas do edital, detalhamento dos prêmios e como enviar trabalhos. No blog http://rumositaucultural.wordpress.com/ todos poderão acompanhar as atividades presenciais da caravana Rumos pelo país, novidades, entrevistas, comentários e bastidores.

Nota: O Itaú Cultural também lançou edital em duas outras áreas de expressão: Artes Visuais e Educação, Cultura e Arte. Confira as características e prazos de inscrições no site www.itaucultural.org.br/rumos

Participe!

Alguns templates simples para blogs

Posted on domingo, 13 de março de 2011 - 1 comentários -

Madalyn


Aurana (um dos mais simples)


Q-Metal


Interpridity

Palestra imperdível no dia e hora da nossa aula

Posted on domingo, 20 de fevereiro de 2011 - 0 comentários -

Atenção Gameiros!!!

Palestra com a consultora de Mídias Digitais, Elis Monteiro, no dia 21/02 às 9 horas no estúdio da TV Gama, prédio CS térreo. Vale como atividade complementar. Quem está organizando tudo é a professora Marcia.

Em função desse evento, NÃO HAVERÁ AULA NO LABORATÓRIO DIA 21 DE FEVEREIRO. De qualquer forma, estarei na palestra e ela valerá como aula, ou seja, cobrarei o conteúdo nas aulas seguintes.

No horário da nossa aula estarei no laboratório para levar os alunos para o local da palestra.

AOL quer virar referência de jornalismo nos Estados Unidos

Posted on segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011 - 0 comentários -

Notícia enviada pela aluna Viviane e retirada do site Economia Empresas, do iG.




O portal americano AOL, que já contratou 900 jornalistas, contrata 40 repórteres todos os meses

Carolina Cimenti, de Nova York especial para o iG 
Apesar de sua história ser marcada por tropeços e opções equivocadas, os movimentos do portal americano AOL são acompanhados com grande interesse pelo mercado e pelos especialistas em mídia. O movimento mais recente do portal é a aposta firme em jornalismo eletrônico. Os executivos da AOL estão convencidos de que, com o desmoronamento da tiragem dos jornais e revistas, as pessoas se abastecerão de informação via internet. Aqueles que se posicionarem como referência na produção de jornalismo de primeira qualidade terão mais chance para brigar por espaço no novo desenho do mercado de mídia.
Nos últimos dois anos, a AOL comprou vários sites que são referência na produção de conteúdo. A aquisição mais recente foi a do baladado site “The Huffington Post”, anunciada com estardalhaço na segunda-feira, 7 de fevereiro, negócio fechado por US$ 315 milhões. “As pessoas pensam no Google para a pesquisa e na Amazon para o comércio eletrônico. Eu acredito que no futuro elas vão pensar na AOL para conteúdo”, disse Tim Armstrong, CEO da AOL, em uma entrevista em 2010.
“A receita não é nova, mas o nível de ambição de Armstrong pode fazer a diferença”, comenta Ava Seave, professora de negócios da Universidade de Columbia, em Nova York. De acordo com o especialista em mídia da New York University, Clay Shirky, vai sempre existir necessidade de filtros novos e melhores na internet. “Se ele for por esse caminho, ele vai encontrar um lugar ao sol para a AOL”, afirma Shirky.Armstrong promete aumentar radicalmente a produção de conteúdo da AOL, sempre mantendo gratuito o acesso aos sites ligados ao portal. Duas semanas atrás, informações sobre o plano de investimentos em jornalismo da AOL vazaram na internet. O chamado “The AOL Way” é explicado em 58 slides. O plano apresenta metas para aumentar a produção de conteúdo, principalmente na área de notícias. Se atualmente a AOL publica 31 mil reportagens por mês, até abril a empresa deverá produzir mais de 40 mil, um aumento de 27%. Mais do que isso: se atualmente cada matéria é visitada 1.512 vezes, Armstrong quer que esse número aumente em 365%, completando 7 mil “pageviews” por matéria em apenas dois meses.
A lógica da AOL é a seguinte: o aumento de notícias poderá aumentar o número de leitores viabilizando o aumento de publicidade no site. Enquanto os jornais editados em papel vivem uma crise sem precedentes, cortando despesas e demitindo, a AOL contratou 900 jornalistas em 2010 e continua contratando em média 40 novos profissionais por mês. O projeto passa não apenas por aumentar a fatia da AOL na receita publicitária que já está no mercado online, mas por avançar sobre os investimentos publicitários atualmente destinados para o jornalismo editado em papel.
O acordo de compra do “The Huffington Post” é a aposta mais importante da AOL no jornalismo e notícias. O “Huffington Post” vai dar a chance da AOL criar o que Armstrong, o CEO da AOL, chama de “a nova geração americana de comunicação, com acesso global que combina conteúdo, consumo e mídia sociais”. 


Arianna Huffington, a fundadora do “HuffPost”, vai assumir a posição de diretora editorial de grande parte da AOL. “Ela tem carisma, fama e reconhecimento. Tudo o que a AOL precisava para conquistar mais leitores”, de acordo com a analista Laura Martin, da consultoria Needham and Co. A AOL assinalou em um comunicado que o novo grupo, criado com o Post e a empresa, “contará com 117 milhões de visitantes em um único mês nos Estados Unidos e 270 milhões ao redor do mundo”.
Coleção de conteúdo
O portal já conta com uma importante coleção de blogs e sites de notícias, como o “DailyFinance”, o “Engadget”, “FanHouse” e o “Politics Daily”, do tradicional colunista Walter Shapiro, das revistas ex-“Newsweek” e “Time”. Para ampliar a produção, a AOL está concluindo um ciclo de aquisições que começou um ano atrás.


A primeira aquisição da AOL depois de contratar Armstrong foi “Patch”, o jornal de bairro na internet, desenvolvido pelo próprio Armstrong e um amigo seu, mas do qual o CEO abriu mão do lucro para vendê-lo à AOL.


Em setembro de 2010 o portal comprou outros três sites. O primeiro, “5 Min Media”, é apresentado pela AOL como uma das maiores videotecas de banda larga da internet, e claramente objetiva aumentar a quantidade de conteúdo em vídeo no portal. O segundo é “Thing Labs”, empresa com sete funcionários que desenvolve softwares gratuitos que possibilitam uma navegação mais fácil dos sites de mídia social e transferência de arquivos, como fotos. O terceiro, “TechCrunch”, é um blog de tecnologia que oferece informações e análises de novos produtos e softwares, opiniões e ideias e milhares de comentários de usuários. O “TechCrunch” tem cerca de 50 funcionários e mais de 30 milhões de visitas por mês.
“A AOL estava fazendo compras até agora. Eles compraram o “Techcrunch”, o “5 Minutes Media” e o “Things Labs” cinco meses atrás. Agora eles fizeram a maior compra, o “Huffington Post”. Provavelmente a empresa vai fechar a carteira agora e trabalhar na consolidação desses negócios”, diz Andrew Sorkin , colunista “NYT”.
“O mercado de notícias não está passando por uma transformação, ele está explodindo, se autodestruindo em pedacinhos, e ninguém sabe prever no que ele vai se transformar”, afirma Shirky. “Mas pelo menos agora a AOL parece haver um plano”.